Desde criança, quando saía com meu pai para pescar à noite, caminhava de volta para casa, voltava do trabalho, de alguma festa na casa de algum amigo, me habituei a admirar a lua. Não entendo o porque mas ela sempre me atraiu. Não sei o que ela carrega em si, mas me atrai muito mais a sua luz que o próprio sol! Cresci, estudei, saí de casa, conheci novas pessoas e sempre que me encanto com alguém e me inspiro em escrever algo, a lua está presente.
Assim é desde que meu pai me ensinou a me guiar pela luz da lua enquanto caminhamos na noite que parece ser escura e impossível de atravessar. Parece estranho, mas é a lua que me provoca a ter amizades distantes..é durante a noite que recordo de bons momentos vividos com estas pessoas, mesmo não os conhecendo pessoalmente.
É admirando o brilho nostálgico da lua cheia que me recordo das pessoas de coração grande, de pessoas que lutam por um mundo mais humano e fraterno. Recordo dos que estão longe, dos que estão perto, daqueles que eu encontro, dos outros que ainda não encontrei, daqueles que se quer imagino encontrar, mas que certamente farão parte do brilho da lua....
recordo das pescarias com meu pai, da minha estrela preta, do meu brotherzão, dos irmãos adotivos, do manancial, recordo da minha mãe e de seu carinho por todos que chegam em nossa casa, recordo das minhas loiras bouas, as melhores primas que se tem, da minha família...
Recordo de Deus que se faz presente em cada uma dessas pessoas e assim se faz presente em mim. Um Deus que tem um pouco de cada um que deixa em mim e carrega em si um pouco de mim que levou quando passou por mim!